sábado, julho 08, 2006

Universidade Júnior- Das Tripas Coração: Um Porto com História - Semana 1

Um grupo de licenciados em História no qual destaco o Flávio Miranda e o André Vitória, que conta ainda com a participação de duas alunas de Mestrado (Ana Ribeiro e Joana Sousa), estão a trabalhar como monitores na Universidade Júnior, no Verão em Projecto - Das Tripas Coração: Um Porto com História.
Os proponentes deste projecto foram o Prof. Luís Miguel Duarte e o Prof. Luís Alberto Alves.

Como parte do projecto os alunos fizeram: cine-história, workshops de paleografia e genealogia, os SETE MOMENTOS QUE FIZERAM A HISTÓRIA DO PORTO, com visitas pela cidade (do Porto da Sé Medieval ao Porto contemporâneo do Dragão!!!), DesPorto, onde falaram da História do Desporto na cidade, que culminou com uma visita ao já referido reduto do Dragão. Tiveram ainda a oportunidade para falar do Ofício do Historiador, com a presença do Professor Luís Miguel Duarte.

Este espaço servirá ainda para dar a conhecer os futuros discípulos da Clio.
O primeiro grupo, que aqui é retratado são do Porto, Baguim do Monte, Paredes e Barcelos. São todos alunos que entram agora no próximo ano lectivo no 10º ano, com uma das raparigas do grupo já a passar para o 11º. Além deste denominador comum, das idades, o grupo é também verdadeiramente interessado em História (ou em Arqueologia) e segundo relatos recolhidos, a experiência foi do agrado geral incluindo os monitores, que referem sentir já saudades do grupo.

Visitem regularmente o blog pois vamos actualizar o mesmo com fotos dos novos grupos.





























































sexta-feira, março 10, 2006

Audientis já mexe!

Vimos por este meio dar a conhecer a todos os interessados uma iniciativa de grande valor promovida pela Audientis, que está agendada para 8 de Abril e que pretende dar a conhecer três mosteiros bem conhecidos da época medieval e que de certa forma estão ligados a Avintes. As inscrições devem ser realizadas até 31 de Março com um preço de 15€ por cabeça.

Segue em anexo o cartaz com informações mais detalhadas, bem como os contactos da entidade organizadora.

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terça-feira, janeiro 31, 2006

Encontro de alunos

Este "post" destina-se a dar a conhecer algumas linhas condutoras relativamente ao Encontro de Alunos (que ainda não tem nome).
Desde já se informa que todos os interessados em participar com uma comunicação devem realizar uma inscrição prévia até o último dia de Fevereiro. Sendo que até essa data só é requerido um email que servirá como inscrição. A data limite para que indiquem, o tema e o envio do texto a apresentar, será posteriormente notificada.
Todos os interessados devem enviar um email indicando o nome e o ano de licenciatura para encontrodealunos@gmail.com.
Mais se informa que vai ser requerido que se coloque no sítio da faculdade um aviso relativo ao evento, com uma indicação para este post do Blog, mas desde já solicitamos que possam circular a informação pelos vossos contactos.

quarta-feira, novembro 30, 2005



No seguimento de uma das reuniões da Comissão Executiva do Departamento de História, surgiu um convite/desafio, no sentido dos alunos da licenciatura promoverem um evento académico durante o próximo semestre.
Após conversar com alguns dos colegas, sugiro que o tema geral seja "A micro-história", sendo que dentro deste conceito abrangente, poderemos apresentar trabalhos feitos durante a licenciatura. Os mesmos devem versar sobre biografias, estudos monograficos ou estudos de instituições. Desde já se aceitam candidaturas e outras sugestões.
Afim de eliminar questões técnicas pensamos convidar alguns docentes com estudos trabalhos relevantes dentro das temáticas propostas para presidirem oficialmente às sessões.
Desde já também solicitamos ideias para as muito desejadas publicações dos trabalhos apresentados.
Seria óptimo se participassem alunos de outras faculdades. O repto está lançado...

segunda-feira, outubro 03, 2005

História Militar

"CPHM - XI Colóquio de História Militar"
- Senhor Presidente da Comissão Portuguesa de História Militar- Senhor Embaixador de França- Senhor representante do Embaixador de Espanha- Senhor Presidente da Comissão Francesa de História Militar- Senhor Vogal do Bureau Directivo da Comissão Internacional de História Militar- Senhor Reitor da Universidade de Lisboa- Senhores Almirante e Generais representantes dos Chefes de Estado Maior dos Ramos das Forças Armadas- (eventual referência a outras personalidades presentes)- Ilustres oradores convidados- Minhas Senhoras e meus Senhores
Como nos afirma Lidell Hart: "A história mostra que é a perda de esperança e não a perda de vidas que decide o resultado de uma guerra." No actual momento em que nos encontramos, de profundo abalo Político-Militar pós 11 de Setembro, é de extrema importância a reflexão que aqui se faz sobre "Portugal e os abalos Político-Militares da Revolução Francesa no Mundo".
A História é uma ferramenta indispensável para, analisados os acontecimentos passados, nos ajudar a encarar o presente e prospectivar o futuro.
A História Militar, como todos sabemos, distingue-se da história Geral pelo seu objecto de estudo que é a Guerra (actividade específica) e tem como sujeitos passivos - todos a quem afecta - e que no fundo, pensamos, é toda a humanidade.
O estudo sobre a história da guerra permite ajudar a decisão, robustecer a vontade colectiva e a formação de mentalidades, no fundo, uma maior consciência da Nação. Ernest Renan, em 1882, na Sorbonne afirmou: "O que constitui uma Nação não é o facto de se falar a mesma língua ou pertencer ao mesmo grupo étnico, mas sim, ter levado a cabo em comum grandes feitos no passado e o desejo de os realizar também no futuro".
Todos os grandes líderes mundiais que a história imortalizou foram atentos estudiosos da história militar. Napoleão Bonaparte afirmava - "a táctica, a ciência do artilheiro, podem aprender-se nos regulamentos. Mas os jogos mais elevados da guerra, só se aprendem com a experiência e o estudo da história - Lede as 88 campanhas dos grandes capitães da História, meditai e modificai-vos sobre elas". O grande General Francês Foch dizia por seu lado - "A coragem do chefe baseia-se no que sabe, a história ajuda a distinguir o essencial. Pensar pela história eis o que é." Perguntado sobre se ajudava num problema concreto respondeu: "Evidentemente que não: mas dá-me confiança!". De facto, a história nada justifica nem resolve, mas sem o seu conhecimento encaramos o futuro com pouca confiança.
Para Portugal, a Guerra Peninsular foi dos períodos mais marcantes porque nos mais de 8 séculos desta antiga nação europeia, foi nesta época que se assistiu, por pouco tempo felizmente, ao arrear da bandeira nacional em Lisboa e ao hastear de uma bandeira estrangeira, o que nem durante o reinado dos Filipes de Espanha havia sucedido.
Portugal, recordamos, foi dos primeiros países a demonstrar a sua determinação contra os avanços da França quando, no ano de 1793, não hesitou em mandar um corpo expedicionário de 5.000 homens para a fronteira espanhola dos Pirinéus na chamada guerra do Rossilhão. Mais tarde havia ainda de mandar a esquadra do Marquês de Niza com o propósito de se juntar à armada britânica de Nelson em Malta e tomar parte nas operações navais do Mediterrâneo.
A Guerra Peninsular, que decorreu de 1807 a 1814, foi um período marcado por humilhações e glórias, caracterizado pela entrega, honra e muito sofrimento que atingiu todas as gentes de Norte a Sul do País, onde se destacou, como sempre ao longo da nossa história, o espírito insubmisso do povo lusitano e a bravura do nosso soldado.
A Revolução Francesa foi um marco na marcha da humanidade e se Portugal, numa política ambígua e nem sempre clara, aprendeu com o seu próprio sangue as consequências da indecisão, não foram, infelizmente, suficientes a Campanha do Rossilhão e a Guerra Peninsular para o País aprender a preparar Corpos Expedicionários. De facto, na 1ª Grande Guerra, Portugal foi mais decidido mas, para mal de todos nós, foi extremamente negligente no acompanhamento das Forças que enviou para a Flandres, Angola e Moçambique.
Que a memória dos portugueses tombados em nome do País seja reavivada, por forma a que essa memória e as páginas de história que escreveram nos oriente na preparação das nossas Forças Armadas, para que hoje em operações de Apoio à Paz e no futuro, no cumprimento de possíveis outras missões, levando o nosso estandarte e defendendo os nossos interesses e valores o possam fazer com honra, com saber, com eficácia e fundamentalmente, com o apoio de toda a nação lusitana.
Queria também nesta breve intervenção referir-me à Comissão Portuguesa de História Militar.
Consciente do valor do trabalho que tem vindo a efectivar, é-me grato destacar o esforço desenvolvido na promoção e coordenação da investigação histórico-militar, designadamente pela realização de eventos desta natureza cuja excelência é por todos reconhecida. Saliento igualmente o seu papel dinamizador no desenvolvimento de relações com as Universidades, estimulando a atenção para a história militar em geral e para o seu ensino em particular.
Assegurando também a Comissão a representação internacional na sua área de intervenção, nomeadamente a representação e participação de Portugal na Comissão Internacional de História Militar, onde promovendo o estudo comparado em espirito de entendimento com os países filiados, projecta o passado histórico militar nacional que se reveste de indiscutível importância a nível universal.
Embora ciente do seu êxito, termino formulando votos de sucesso ao Colóquio e aproveito a oportunidade também, para na qualidade de Ministro que tutela a Comissão Portuguesa de História Militar e em nome do Governo incentivar a continuação de tão prestimoso serviço a Portugal.

http://www.mdn.gov.pt/Defesa/Discursos/historico/Rui_Pena/XI_CPHM.htm